28.2.09

Datas Comemorativas

As datas comemorativas, ao longo dos tempos, se tornaram um marco da educação do Brasil. Isso aconteceu devido aos interesses implantados pelo comércio, através de anúncios televisivos que atraem o público, mostrando a importância das mesmas.

Porém, algumas datas não são significativas dentro da escola. Além do mais, seria impossível trabalhar com todas, já que em um mesmo dia comemoram-se diversos acontecimentos.

Essa prática, embora valorizada pela sociedade, não é de relevante importância dentro das instituições, pois prejudica o andamento dos projetos, dos conteúdos que devem ser abordados, onde o professor tem que dispor de grande parte do tempo das aulas para conversar sobre assuntos que não trazem tanto interesse para as crianças e adolescentes bem como não acrescentam muito ao seu potencial cognitivo.

A sociedade tem parte de culpa por isso acontecer, pois muitos pais ainda cobram que a criança se vista de índio, de soldado com chapéu e espada ou que leve a bandeirinha do Brasil para casa no dia da independência. Quando a escola não adota essas práticas, criticam o trabalho desenvolvido porque viram o filho do vizinho caracterizado por uma data comemorativa.

É interessante ressaltar que os pais, quando conhecem uma instituição, devem questionar sobre as práticas adotadas pela mesma, como a proposta pedagógica, as teorias adotadas e principalmente, se isso vai ao encontro do que lhes agrada, com o tipo de educação que acreditam ser o melhor para seus filhos.

Normalmente, as escolas que adotam as datas comemorativas em seus currículos são de caráter tradicional, como o modelo antigo de educação. Aquelas que adotam as práticas construtivistas e sociointeracionistas trabalham com projetos de aprendizagem, não valorizando esses modelos, mas constituindo em seu calendário anual apenas as mais importantes como dia do livro, dia do meio ambiente, páscoa, festa da família, festa junina, dia das crianças e natal.


Projetos escolares abrem espaço para pensar e refletir

Dentro da proposta pedagógica adotada, acreditam que existem outras necessidades fundamentais no cotidiano escolar, que ajudam na formação de cidadãos críticos, ativos, participativos, integrados ao meio social em que vivem. Através de projetos, ajudam os alunos a refletirem sobre vivências e experiências, dando a oportunidade de aprenderem conceitos que possam levar por toda a vida, como conviver em harmonia, respeitar o próximo, aprender trabalhar em grupo, ser criativo, ter uma linguagem bem desenvolvida, constituir uma leitura de mundo de forma inteligente e que lhe abra novas perspectivas, ser perceptivo aos fatores críticos, dentre outros.

Assim, estas instituições com visão mais contemporânea do aprendizado faz com que a educação sirva de instrumento de formação humana e deixa de servir como ferramenta para moldar crianças e jovens consumistas.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Professor incentivador da leitura


Ler é necessário para o desenvolvimento social e político.

Existem várias maneiras de incentivar a leitura, ato de grande relevância no contexto escolar, social, econômico entre outros. No entanto, essa prática não tem sido desenvolvida de forma massificada no Brasil, a população não possui o hábito de ler.

A leitura é um meio pelo qual qualquer indivíduo tem acesso ao conhecimento, independentemente do tema, pessoas que tem o hábito de ler são mais informadas e mais atentas em relação ao que se passa pelo mundo, além de serem mais politizadas e, dessa forma, exercem a cidadania através do voto de maneira mais consciente.

Em suma, a leitura abre um leque de resultados positivos para toda faixa etária. Diante do quadro negativo quanto à leitura o que se deve fazer é gerar indivíduos com outras perspectivas, os principais agentes que podem modificar essa situação são os educadores.

É nos espaços escolares que figura um bom lugar para construir uma consciência acerca da importância de ler, e esse papel dentro da escola cabe ao professor.

O professor como incentivador pode atuar desenvolvendo ao decorrer de suas aulas, leituras compartilhadas e leituras livres.

Leitura compartilhada: consiste em realizar uma leitura para toda a sala, ou seja, de voz alta, os alunos que ainda não sabem ler começam a ouvir a linguagem escrita, dividindo assim a leitura com o professor, essa relação já produz um convívio com o ato de ler.

Contar histórias todos os dias para os alunos estabelece aos poucos a percepção de que o ato de ler é um hábito do cotidiano, e assim começa tomar gosto pela mesma.

Leitura livre: implantar momentos de leitura livre consiste em colocar uma grande variedade de livros e outras modalidades de leituras como gibis, revistas entre outros, no momento em que os alunos estão lendo é interessante que o professor escolha algo para ler, assim servirá de exemplo e dessa forma os motivarão.

O professor é um grande formador de opinião, devido a essa aptidão ele pode, a partir das primeiras séries, implantar conceitos de leitura e prática diária gerando leitores ativos.

Por Eduardo de Freitas
Equipe Brasil Escola


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