27.2.09

Construção do conhecimento: elaboração pessoal


Construção do conhecimento: processo lento e rigoroso.

A interação entre os alunos, os conteúdos de aprendizagem e o professor dão origem ao conhecimento. Como se vê esse depende da mediação do professor através do ensino, é preciso então obedecer a propósitos para que haja uma perfeita harmonia entre alunos, conteúdo e professor:

• A estrutura interna do conteúdo deve ser significativa no modo como é ensinada aos alunos;

• O aluno precisa relacionar o conteúdo novo com o previamente conhecido, ou seja, o conhecimento anterior do aluno vai interferir na aquisição de novos conceitos;

• O aluno precisa se conscientizar do sentido da construção de seu próprio conhecimento, se esforçar de forma intencional e favorável para aprender o novo se baseando no antigo.

É importante mencionar a importância da memorização durante esse processo, essa é uma forma pessoal que varia de uma pessoa para outra. A memorização precisa ser compreensiva e não mecânica, mas qual a diferença entre essas duas? a memorização mecânica é aquela que praticamos diariamente: guardar datas, nomes, fatos, etc., já a compreensiva, como o próprio nome indica, é aquela que parte do ato de compreender.

Quando procuramos realmente entender algo nos baseamos em conhecimentos que já temos, sendo assim, essa compreensão (memorização) de um conteúdo depende de quem está procurando alcançá-lo para tomar uma determinada forma. A frase “cada um aprende de um jeito” é ideal para esse contexto.

O papel do professor nesse quadro é tentar perceber como o aluno constrói seu conhecimento e ajudá-lo nessa jornada. Não é uma tarefa fácil, além do que, são vários alunos em uma mesma sala de aula, mas vale tentar deste artifício para alcançar o ensino de qualidade.

Líria Alves
Equipe Brasil Escola

A Psicologia do Vencedor

Por: Francisco Ferreira

A psicologia do verdadeiro vencedor consiste na manutenção de atitudes positivas diante da vida. O segredo do êxito consiste em estar alinhado aos fatores positivos da vida. Obviamente, nem sempre é fácil se manter otimista diante dos acontecimentos que presenciamos, mas isso é estritamente necessário para se entrar em sintonia com as com a energia dinâmica que gera êxito mediante os combates que devemos travar no dia-a-dia.

Às as vezes se torna cada vez mais difícil manter a consciência de opulência mediante um mundo tão desigual. Mas apesar de tudo isso não desanime, não se entregue. Levante os olhos e os pensamentos para o mais alto nível do do seu ser e plante em sua alma diariamente pensamentos de que a abundância é uma energia que flui diretamente da Fonte Criadora até você. E o Universo corresponderá à natureza de sua crença. Paulatinamente você verá que tudo vai começar a mudar para melhor. Tudo se tornará mais bonito aos seus olhos.

Expresse a sua alegria e a sua gratidão ao Universo e sonhe com o que deseja, na certeza de que os sonhos que brotam de sua alma interagem com os sonhos do grande idealizador de todas as coisas, se forem bons e justos. Agindo assim, você alcançará as melhores vibrações que atrairão mais alegria, paz, saúde, harmonia e prosperidade para sua vida.

Habitue-se a pensar e, por conseguinte, acreditar que há uma Essência Cósmica Criadora por trás de todas as circunstâncias e eventos. E que você é parte dessa Essência que não conhece a derrota ou o fracasso. Acredite que Isso é tudo o que há e que você é parte desse Todo. Assim; ao entrar em sintonia com essa Fonte de todas as coisas, você será capaz de crescer e vencer.

Sempre!

Acredite!

Você pode e deve vencer todos os obstáculos que aparecem no seu percurso se estiver em alinhamento com a Fonte que não conhece derrota. Essa Fonte Infinita o criou para crescer sempre, aprendendo através da superação dos desafios que a vida te apresenta.

Não fuja dos teus problemas. Encare os obstáculos de frente e de cabeça erguida. Tenha-os como aliados ao seu crescimento interno e externo. Dessa forma; você estará implantando em seu subconsciente a psicologia do êxito, utilizada por todos os grandes vencedores.

Se você quer ter verdadeiro êxito siga os ensinamentos dos grandes mestres espirituais. Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ou seja: dê a devida importância às coisas do mundo e concentre mais energia nas coisas espirituais, fonte original de tudo o que acontece em sua vida.

Como?

Siga o seu caminho com os pés no chão e a cabeça nas alturas. Busque no alto (instâncias elevadas do seu ser) a sintonia com as forças cósmicas criadoras, depois volte à terra trazendo a energia sublime da Fonte Perene. Isso é uma experiência quase mística, mas não precisa estar relacionada a uma religião ou credo. Se você tem uma religião ótimo. Se não tem ótimo. A Fonte não faz acepção a pessoas ou dogmas. Apenas atende prontamente quando solicitada da maneira apropriada.

Da maneira apropriada?

Bem meu amigo, minha amiga. Aí está o "X" da questão.

Como fazer com que nossos pedidos cheguem à Fonte criadora?

Bem. Sinto muito desapontá-lo mas tenho que te informar que não há uma receita pronta. Pelo menos eu não a encontrei em nenhum ensinamento sagrado que analisei. Mas essa minha análise de quase duas décadas mostrou-me que alguns pré-requisitos são necessários.

Os mestres e místicos teceram alguns comentários a respeito do modus operandi da Energia Universal em nós. Por exemplo: todos são unânimes ao assinalar a fé como o princípio fundamental no processo criativo. Isso é inegável. No entanto; a fé quase sempre está vinculada a um ser externo a nós. E, como esse site não pretende de forma alguma vincular-se a uma corrente de pensamento unilateral, nos utilizaremos aqui do conceito de fé pura para tratar o tema. Se você quiser acrescentar um objeto ou um ser a essa fé; faça-o como melhor lhe aprouver.

Você acredita em um santo protetor?
Utilize-o!

Você acredita no seu Sagrado Anjo Guardião?
Sirva-se dele!

Você crê no Divino Mestre Jesus?
Apóie-se nele!

Você, assim como eu e muitos outros novos pensadores, acredita que o poder está em você porque você é uma parcela da Fonte Infinita?

Siga em frente!

Meu nome é Francisco Ferreira. Sou autor de oito livros e diretor do site A Casa do Aprendiz onde todos os meus artigos e livros estão disponíveis para leitura online. Visite: http://www.acasadoaprendiz.com

As tendências pedagógicas e os movimentos sócio-políticos e filosóficos

Em um dado momento histórico, os movimentos sociais e filosóficos são responsáveis pelas tendências pedagógicas. As intenções pedagógicas propiciam a união das práticas didático-pedagógicas, favorecendo o conhecimento, sem “fechar questão”, sem querer ser uma verdade única e irrestrita. Seu conhecimento se torna de especial importância para o professor que deseja construir sua prática educativa.

Naturalmente, o professor deve se apropriar das teorias e tendências pedagógicas ao buscar soluções para os problemas que enfrenta na sua ação docente, e ao refletir sua prática pedagógica , sem, no entanto, estar constantemente vinculado apenas a uma delas. Deve, antes de tudo refletir sobre as características de cada uma, buscando a que melhor convém ao seu desempenho acadêmico, seguindo uma operacionalização atenta que permita avaliar sua competência e habilidade, procurando agir com eficiência e qualidade de atuação. As intenções ou tendências pedagógicas são referências norteadoras da prática educativa, sendo que, os movimentos sócio-políticos e filosóficos exercem intensa influência sobre as tendências pedagógicas. Podemos classificá-las em: Pedagogia Liberal Tradicional, Tendência Liberal Renovadora Progressiva, Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova), Tendência Liberal Tecnicista, Tendência Progressista Libertadora, Tendência progressista Libertária, Tendência Progressista "crítico social dos conteúdos ou "histórico-crítica".

Na Pedagogia Liberal Tradicional, há a preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade. Há a exposição e demonstração verbal da matéria. Na Tendência Liberal Renovadora Progressiva, a escola deve ajustar as necessidades individuais ao meio social. A aprendizagem é baseada na motivação e na estimulação de problemas. A metodologia utilizada é feita através de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. A Tendência Liberal Renovadora não-diretiva (Escola Nova) enfatiza a formação de atitudes, o método é baseado na facilitação da aprendizagem, onde aprender é modificar as percepções da realidade. O Professor é auxiliar das experiências. Procura desenvolver a inteligência, priorizando o sujeito, considerando-o inserido numa situação social. A Tendência Liberal Tecnicista aparece na segunda metade século XX, no Brasil em 1960-1970. A Escola procura preparar indivíduos competentes para o mercado de trabalho. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 5692/71. Há a introdução da Disciplina Educação Artística.

A Tendência Liberal Tecnicista é modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas. Os procedimentos e técnicas preparam para a transmissão e recepção de informações. A aprendizagem é baseada no desempenho (aprender-fazendo). O Professor é o técnico e responsável pela eficiência do ensino. A Tendência Progressista Libertadora dá ênfase ao não-formal. É crítica, questiona as relações do homem no seu meio, visa levar professores e alunos a atingirem um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas condições de seu contexto de vida, pensa sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra.

A Tendência Progressista Libertária visa à transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. A metodologia enfoca a livre-expressão, o contexto cultural, a educação estética. Os conteúdos são disponibilizados para o aluno, mas não são exigidos. Resultam das necessidades do grupo. O professor é conselheiro, monitor à disposição do aluno. A Tendência Progressista “crítico social dos conteúdos ou “histórico-crítica”, aparece nos fins dos anos 70.

A escola é parte integrante do todo social e orienta o aluno para a participação ativa na sociedade. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado. O Professor é autoridade competente que direciona o processo ensino-aprendizagem. É o mediador entre conteúdos e alunos. O ensino/aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são construídos pela experiência pessoal e subjetiva.

Finalmente, os conteúdos de ensino devem ser culturais e universais, constantemente reavaliados de acordo com as realidades sociais; devem ser significativos na razão humana e social. Cabe ao professor a tarefa de escolher conteúdos de ensino adequados às peculiaridades locais e as diferenças individuais. REFERÊNCIAS: LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública. A Pedagogia critico social dos conteúdos; SAVIANI, D.

Amélia Hamze
Profª FEB/CETEC
ISEB/FISO

Autonomia docente como pano de fundo

O planejamento integral da educação, ajustado em um ambiente democrático e de efetivação do projeto educacional, fica muitas vezes comprometido pela ação social e política, que busca definir-se mais pelo referencial normativo e legal, na intenção de controle e regulação. A política educacional adotada relega a pano de fundo o maior significado da educação. O ideário pedagógico deveria enfatizar a educação para a cidadania, para a participação política, para construir a tradição, para a vida real.

Atualmente é priorizado o educar para a competitividade, educar para o comércio, educar para a globalização sustentada pela economia, pela industria da produção e do consumo, dentro do contexto do capitalismo.A definição de novas habilidades e competências dos estudantes é solicitada para atender ao mundo do trabalho, e as qualificações vão sendo determinadas não só para o aprendizado profissional, mas também para a vida competitiva em sociedade, agregando a cultura da modernidade.

Torna-se cada vez mais evidente o contorno de políticas públicas educacionais desvinculadas de diálogo com os educadores, fazendo com que as reformas educativas dependam exclusivamente da capacidade política do governo, dos grupos econômicos, e dos meios de comunicação social, sem levar em consideração o protagonismo dos docentes, peças chaves e desejáveis em uma sociedade democrática. Ausentes estes sujeitos e as contribuições dos diferentes atores, a educação se reduz à relação custo-benefício, omitindo valores essenciais para a educação do ser humano, levando a mercantilização da educação e à padronização do conhecimento, enfatizando a exclusão social.

A autonomia da escola e dos docentes é gerenciada e está vinculada ao papel social e político da educação. A autonomia democrática deve ser originada na participação, cooperação e parceria e necessita oportunizar as vozes dos docentes e da comunidade, sem que haja monitoramento e controle. O que se nota é que a ação decisória das políticas públicas educativas continua centralizada e os professores só são chamados a participar na implantação das reformas, inexistindo diálogo para a elaboração das mesmas, não propiciando a consolidação da democracia. De acordo com Pierre Boudieu: “Toda ação pedagógica é objetivamente uma violência simbólica enquanto imposição, por um poder arbitrário, de arbitrariedade cultural”.

Não podemos negar o papel proeminente das políticas públicas como máquina de educar construída pela interferência do capital, que pode ser inegavelmente transformada e reconstruída a partir da oposição e da intercessão crítica dos educadores, porque o ambienteescolar é o lugar ideal de produção e reprodução de identidades sociais e culturais. O filme de Bertrand Tavernier “Quando Tudo Começa” retrata bem as muitas escolas brasileiras, que resistem, mais por eficácia e amor de seus educadores do que por vontade política. Quanto aos educadores, devemos reverter a situação, redescobrindo a força socializadora da escola, na perspectiva política da inclusão social, garantindo o direito a educação, acreditando em uma aprendizagem transformadora, buscando uma prática pedagógica de novas metodologias e estratégias de ensino, e reafirmando a necessidade de promoção qualitativa de nossos educandos.
Referência: SILVA, S. B. e Machado L. M. (Org.). Nova LDB – trajetória para a cidadania?

Por Amélia Hamze
Colunista Brasil Escola
ahamze@uol.com.br

Fundeb, inclusão em toda a educação básica

O FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) foi instituído em 1996 e implementado em 1º de janeiro de 1998. É constituído com recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre Produtos Industrializados e Exportações (IPIexp) e pela desoneração das exportações prevista na Lei Complementar nº 87, de 1996 (Lei Kandir).

O secretário de Educação Básica do MEC e presidente do Conselho do Fundef na esfera da União, Francisco das Chagas, confirmou que quer mediar ao máximo os estudos sobre os dois fundos (FUNDEF e FUNDEB). Para isso encontros regionais com os conselheiros do Fundef foram realizados:- “Discutimos amplamente com os conselhos municipais e estaduais a organização e o funcionamento dos conselhos e a redefinição do financiamento da educação em cima da proposta do Fundeb”.

Lideranças da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) entregaram ao ministro Tarso Genro, dois estudos a respeito do conflito financeiro da criação do Fundeb sobre os municípios brasileiros. Na ocasião, o ministro afirmou que o MEC não apresentará nenhum projeto sem antes debater e interatuar com as prefeituras. O ministério delineará o projeto do novo FUNDEB (Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) após extensos debates e pareceres da Frente Nacional dos Prefeitos .

O que sabemos sobre o FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Para este ano, a estimativa é que o Fundef destinará R$ 28 bilhões e 700 milhões para investimento no ensino fundamental .O governo federal fixou o valor mínimo R$ 537,71 por aluno de 1ª a 4ª série, e R$ 564,60 para os de 5ª a 8ª e da educação especial do ensino fundamental da rede pública.

A deputada Fátima Bezerra comentou: -“ o FUNDEB vai herdar uma legislação melhor, providências serão tomadas para melhor controle social do fundo: os recursos serão repassados automaticamente para contas únicas e específicas dos governos estaduais, do Distrito Federal e dos municípios e será ampliado o número de conselheiros, de seis para 10 a nível federal; estaduais de sete para oito, e municipais de quatro para seis conselheiros. Haverá, ainda, maior representação da sociedade civil, principalmente de estudantes”. Está em estudo projeto de lei substitutivo, que altera a Lei nº 9.424, de 24/12/1996 (Lei do Fundef). Encontros estaduais sobre o Fundeb para ouvir especialistas no assunto e analisar as características dos gastos com educação nos estados serão realizados até julho, em São Paulo foi agendado para o dia 5 de julho.

"O Fundeb contribui para assegurar a inclusão em toda a educação básica, reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino", explicou Paulo Egon Wiederkehr, diretor do Fundef. Segundo ele, há prioridades nas discussões, como a definição das fontes dos recursos do Fundeb e a contribuição dos municípios ao Fundo. "Discutir e criar o Fundeb é uma prioridade do MEC e do governo federal", explicou.

O FUNDEB substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). O encontro, denominado Colóquio de Representação Nacional sobre o FUNDEB, foi aberto pelo ministro Tarso Genro. O FUNDEB deverá financiar não só a educação fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Com o fundo os percentuais, para o ensino médio seriam de R$ 1.342. O fundo trabalhará as desigualdades regionais. A proposta, segundo o ministro da Educação, Tarso Genro, não está finalizada. a posição é aberta e pode mudar.

Referenciais: MEC

Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO

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