1.3.09

Os benefícios de trabalhar a motricidade refinada na educação infantil


A relação da motricidade refinada com o processo de alfabetização.

O trabalho com a motricidade refinada com crianças que estão prestes a integrar na educação infantil, segundo a pedagoga Cássia Ravena M. de Assis Medel, é considerado pré-requisito extremamente necessário para beneficiar a criança no processo de alfabetização.

Com o intuito de conscientizar os educadores sobre o quanto é positivo para a criança o trabalho com a motricidade refinada antes do ingresso a alfabetização, alguns pontos são abordados de forma que venha esclarecer tal necessidade.

Vale ressaltar que o processo de aquisição da linguagem escrita na criança não inicia na alfabetização, a criança deve ser estimulada a realizar atividades que envolvam movimentos de mãos e dedos de forma que futuramente ela tenha melhor habilidade para utilizar lápis, canetas, realizar desenhos, entre outros.

Com o objetivo de trabalhar a motricidade refinada com a criança é fundamental que disponibilize a ela materiais que proporcione desenvolver as partes necessárias.
O ideal é utilizar tintas, trabalhando com pintura a dedo, massa de modelar (desenvolvendo criatividade), folhas de revistas (orientando a criança a “rasgar” determinada figura e posteriormente utilizar de tesouras e colas para realizar colagens).

Além das colagens realizadas com papéis, atividades diferenciadas como colagens de macarrões, barbantes, bonecos pedagógicos, em especial aqueles que desenvolvem atividades como abrir e fechar botões, dar laços, fechar e abrir zíper, dramatizações, visto que requer o uso das mãos constantemente para expressar gestos, etc.

Na verdade, o trabalho com motricidade refinada faz parte de um rico universo educacional, que proporciona à criança, além de passar pelo processo de alfabetização com facilidade e desempenho significativo, realizar atividades do dia a dia que as tornem crianças mais independentes e evoluídas.

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

A função da reunião de pais


Reunião de pais: um momento de desabafo.

Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases-Lei 9.39496) “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana...”.
As escolas brasileiras possuem características similares quando o assunto é reunião de pais, isso por que todas realizam esse procedimento. As reuniões acontecem em geral em determinados períodos do ano, especialmente no fechamento dos bimestres, momento que marca a entrega de notas.

O sistema brasileiro de ensino propõe que um aluno para avançar nas séries de ensino subseqüentes deve obter notas mínimas em todas as disciplinas, desse modo, os principais objetivos das periódicas reuniões é justamente para discutir esse assunto.

Em praticamente todas as reuniões promovidas pelas escolas as realidades são idênticas, até mesmo a estrutura delas são parecidas, os pais dos alunos que obtiveram notas elevadas e que apresentam bom comportamento são parabenizados e os pais daqueles que não atingiram as médias estabelecidas pela escola e que não apresentam comportamento apreciado, são alertados quanto à falta de interesse e disciplina do filho.

A concepção de grande parte dos educadores em momento de reunião de país é de “vingar” do aluno, pois existe a possibilidade de colocar os pais contra os filhos a partir do “arsenal” de informações negativas obtidas no decorrer do bimestre e que nesse momento é emitido para os responsáveis. Esses educadores esperam não uma melhoria e sim uma punição por parte dos pais.

Esse agrupamento escolar não deve ter tal configuração, pois ao invés de promover uma evolução positiva pode dificultar o desenvolvimento do aluno.

A escola deve abrir espaços para solucionar ou pelo menos buscar alternativas para uma melhoria na realidade escolar do aluno, desse modo deve-se estabelecer parcerias entre a escola e os pais, para que haja uma condução positiva dos possíveis problemas, além disso, os professores devem compreender a realidade em que vive determinado educando, para que não venha fazer julgamentos precipitados a respeito do mesmo.

Isso faz parte da realidade de muitas crianças, adolescentes e jovens, quando alguns alunos não apresentam bons resultados escolares são reprimidos ou excluídos como um ser para o qual não há solução, sendo que muitas vezes esse indivíduo é fruto de lar desestruturado, pais separados, quando existe alcoolismo na família, violência, dentre muitas outras mazelas de ordem familiar.

Nesse sentido é que a reunião deve se focalizar, na troca de informações para que a partir desse ponto possa elaborar de forma conjunta uma solução, e que não se resuma somente em períodos de fechamento de notas, mas no decorrer de todo o ano.

Essa perspectiva não é algo que ocorre na totalidade das escolas, ou seja, não é uma regra, porém é a pratica mais difundida no meio escolar, nesse caso o melhor é planejar objetivos e questionamentos direcionados à família e que essa também agregue contribuições, uma vez que a escola não consegue educar sozinha.

A educação deve ser instituída com a participação efetiva de pais e escola. As reuniões devem fazer parte da realidade escolar como algo harmonioso e um centro de soluções para vida escolar dos alunos.

Por Eduardo de Freitas
Equipe Brasil Escola

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