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PRINCIPAIS LENDAS BRASILEIRAS
MULA SEM CABEÇA
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja,     em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça.     Também se alguém passar correndo diante de uma cruz à     meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma mulher que namorou um padre     e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai     numa encruzilhada e ali se transforma na besta. 
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e     se encontrar alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome,     Mula-Sem-Cabeça, na verdade, de acordo com quem já a viu, ela     aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas     e boca, onde tem freios de ferro. 
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos.     Às vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se     deitar de bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não     ser atacado. 
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto     será desfeito e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser gente,     ficando livre da maldição que a castiga, para sempre.
CURUPIRA
É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde     a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam     de Caiçara, o protetor da caça e das matas. 
É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como     protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da     Natureza e o caçador que mate por prazer. É muito poderoso e     forte. 
Seus pés voltados para trás serve para despistar os caçadores,     deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente     o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível     capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes chama     as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado     de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis     ele é o Demômio da Floresta. Às vezes é visto montando     um Porco do Mato.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos     demônios, a que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas     vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante". Os índios,     para lhe agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e cobertores. 
De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um     Rolo de Fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com Ele.
LENDA DO BOITATÁ 
Há muito tempo atrás , uma noite se prorrogou muito parecendo     que nunca mais haveria luz do dia.Uma noite escura como breu, sem estrelas,     sem vento, e sem barulho dos bichos da florestas ,um grande silêncio.
 Os homens viveram dentro de casa, a comida começava a faltar, a lenha     para manter o fogão a cesso começava a faltar, os braseiros     se apagando e era preciso poupar a lenha..
Naquela escuridão fechada era impossível, até para os     mais experientes dos homens criados na floresta conseguir caminhar por ela.
A noite seguia sem ir embora.Na escuridão não se ouvia nada     apenas um único canto ainda resistia era só o do Quero-Quero(espécie     de Gavião),que de vez em quando cantava.Fora este pássaro, o     silêncio predominava na aquela noite sem fim.
Os dias passando e começou a chover muito, os campos foram sendo inundados     , as lagoas não mais suportavam a capacidade de água e transbordaram     inundando tudo, apenas uma pequenas coroas(pequena porção de     arreia que permanece no rio, semelhante a uma ilha)restaram .Muitos animais     foram morrendo.
E uma grande cobra que vivia em repouso despertou, com fome, e passou a se     alimentar dos olhos animais mortos,e a água foi baixando,e a cada hora     mais olhos a cobra grande comia.
E a cada olho que a cobra comia ficava com um pouco da luz do ultimo dia     que os bichos tinham visto no último dia de sol, antes da noite grande     que caiu.
 E devido a tanta luz que tinha ingerido, o seu corpo foi ficando transparente.
A grande cobra já era vista e temida na região bem antes de     se tornar a terrível boitatá, quando a virão depois do     acontecimento da noite não a conheceram mais e julgando que era outra,     chamam-na, desde então, de boitatá.E muitas vezes a boitatá     rondou as rancheiras, faminta. 
 E os homens, por curiosos,e com bastante medo olhavam pasmados, para aquele     grande serpente, transparente clareando por onde passava.
Com o passar de algum tempo, a grande cobra temida por todos a boitatá     morreu de fraqueza, porque os olhos comidos encheram-lhe o corpo mas não     lhe deram sustância.E foi então que a luz que estava presa escapou     e o sol apareceu de novo,foi aparecendo devagar,primeiro clareando,sumindo     as estrelas com o clarear, os raios foram a parecendo, em fim a bola de fogo     surgiu no céu ,era o Sol que voltava a cumprir sua função     de fazer o dia.
IARA
Iara é um ser, metade peixe, metade mulher, que vive nos rios. Esta     Lenda é muito comum na região Amazônica. Segundo pesquisadores,     esta lenda surgiu entre os indios e passou a fazer parte principalmente da     vida das populações ribeirinhas, onde muitas dessas pessoas     são descendentes de índios ou estão muito próximas     da cultura indigena, passando a ser influênciadas direta ou indiretamente.     Segundo a Lenda, as pessoas, principalmente homens, sempre eram atraidos pela     beleza irresistível da Iara, uma linda india com cabelos longos pretos,     corpo muito bonito, e com uma música mágica leva as pessoas     para o fundo das águas, onde existe o seu reino. 
 Iara, álem de possuir um belo canto, também contava com a     sua beleza, podendo ao sair da água 
assumir a forma humana de uma mulher.
LOBISOMEM
Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é     homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será,     o filho de mulher amancebada com um Padre. 
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém,     logo que ele completa 13 anos, a maldição começa. 
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário,     ele sai à noite e vai até um encruzilhada. Ali, no silêncio     da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.   
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas     ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa     noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7     vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga     as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante. 
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar     de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho     do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.   
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba,     e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir     a pessoa, ela também vira Lobisomem.







 
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